sexta-feira, fevereiro 22, 2008

fala-se de cuba...


e eu lembro reynaldo*:



"por que é que nós, a grande maioria do povo, e até os intelectuais, não nos apercebemos de que este era o início de uma nova ditadura, mais sangrenta até que a anterior? talvez nos tenhamos apercebido, mas o entusiasmo de saber que se é parte de uma revolução, que uma ditadura tinha sido deposta e tinha chegado o tempo da vingança, suprimiu as injustiças e os crimes que estavam a ser cometidos.
e não eram só as injustiças a ser cometidas: as execuções tinham lugar em nome da justiça e da liberdade e, acima de tudo, em nome do povo."


(*reynaldo arenas, antes que anoiteça)































(
the scream, edvard munch)













.....



















you cannot shake hands
with a clenched fist.



(indira gandhi)











.















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21 comentários:

DoCeu disse...

Gostei da citação da Indira, dá que pensar...
Mas todos nós já cerrámos punhos alguma vez, I guess...

xxx

DoCeu disse...

Gostei da citação da Indira, dá que pensar...
Mas todos nós já cerrámos punhos alguma vez, I guess...

xxx

nana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
nana disse...

há punhos cerrados de onde jorra sangue

e há punhos cerrados de onde brotam flores...

Andreia disse...

Infelizmente, será só uma nova ditadura, sim... Que por ser nova, vai começar ainda com mais força!***

Dalaila disse...

não vale tudo em nome do Povo.! Porque o POvo precisa de acreditar num futuro e acreditar que pode ser livre.

M. disse...

Gostei do teu bog. Muito criativo.

M. disse...

Blog, claro, e não "bog".

Anónimo disse...

pois...sábias palavras essas.

e o grito de munch deve ser a minha pintura preferida... :)

um beijinho e bom fim d smna!

Anónimo disse...

Isso é que assusta: as atrocidades que se cometem em nome de supostos ideais.
Sempre atenta, parabéns!

tufa tau disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
tufa tau disse...

em nome de ideais cometem-se barbaridades...
o avesso das liberdades... os excessos da liberdade

um abraço
libre

L.Reis disse...

...a nossa humanidade é obscura e cheia de horrores...e tudo fazemos ...em nome de quase tudo...

nuno disse...

gosto da forma como unes tantas expressões...

Alberto Oliveira disse...

... não é assim tão difícil: com a esquerda, cerra-se o punho e com a direita aperta-se a mão à pessoa. A menos que se seja maneta...

desculpa a ironia mas nestas coisas da democracia, só com riso lá vou. Já são muitos anos com "mais do mesmo"...


Óptimo fim de semana!

un dress disse...

de alberto pimenta,

o exercício do PODER .actualizado.

( batizado agora por mim,,,

publicado em un-dress )




"estava deitada lendo um romance pol



icial intitulado crime pelo telefone



e tinha chegado à cena em que a vít




ima está deitada lendo um romance p



olicial intitulado crime pelo telef



one e é subitamente arrancada da le



itura por uma campainhada estrídula



do telefone. neste momento foi subit



amente arrancada da leitura por uma



campainhada estrídula do telefone. c



om o coração a bater e um amargo na



boca preparava-se para ir atender. f



oi neste momento que acordou banhad



a em suor e acendendo a luz viu no



espelho o cano da pistola apontado



para si: as forças de segurança gelam.



para bem do bem. se necessário a mal.












Nota - Trata-se dum jogo sexual perfeitamente inofensivo, uma vez que não há ejaculação propriamente dita

anjobaldio disse...

Nana, obrigado por tua visita no anjo baldio. Teu blog é muito bom. Bjs.

Atlantys disse...

E hoje gostei especialmente da citação da Indira Ghandi e do quadro. Não sendo grande conhecedora de pintura é dos poucos que sei indentificar por nome e autor =)
Bjks e um excelente fds =)************

Pulsante disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pulsante disse...

Conheço bem Cuba. A Cuba que se esconde sob o manto do turismo e das conquistas revolucionárias.
Conheço a Cuba das sarjetas, dos pedintes doutorados e das putas esfomeadas.
Conheço a Cuba das gentes que sentem normal a normalidade dos estádios abjectos.
Conheço a farsa da iconografia do Che, a Senhora de Fátima do Fidel. O Che morto que não fala e que por isso mesmo só abençoa, cala e consente.
Conheço a Cuba dos salafrários de Miami. A Cuba perdida da Máfia, a Cuba espinho na garganta da CIA.
Conheço a Cuba palco de um velho que quis ser grande e notável à custa do garrote de um povo.
Conheço a Cuba cemitério da Arte Nova. A Cuba tão cansada como cansada era a cara da Piaff e a voz da Marlene.
Conheço a Cuba, velha Berlim do Atlântico.
Cuba fractal. Cuba, essa parte que contém todo o nosso todo…e tudo.

Stella Nijinsky disse...

Os intelectuais são na maior parte das vezes parte da engrenagem do motor,
passar a "mensagem" ao povo
o povo a aceitação

tudo em nome do povo!

Assunto para dizer muito, ultimamente abstenho-me.

Stella