quarta-feira, março 29, 2006

longe.

" calling all angels
calling all angels
walk me through this one
don't leave me alone

(...)

callin' all angels
callin' all angels
we're tryin'
we're hopin'
we're hurtin'
we're lovin'
we're cryin'
we're callin'
'cause we're not sure
how this goes "

...

...


terça-feira, março 28, 2006

vergonha.

o meu
pai
não
sabe


como eu
acho
também
não
sabia

o quanto

o tanto

o muito

o tudo


que
eu
o amo.

segunda-feira, março 27, 2006

de londres com amor

" vai, meu irmão
pega esse avião
você tem razão
de correr assim
desse frio
mas beija
o meu Rio de Janeiro
antes que um aventureiro
lance mão

pede perdão
pela duração
dessa temporada
mas não diga nada
que me viu chorando
e pros da pesada
diz que eu vou levando
vê como é que anda
aquela vida à toa
e se puder me manda
uma notícia boa

pede perdão
pela omissão
um tanto forçada
mas não diga nada
que me viu chorando
e pros da pesada
diz que eu vou levando
vê como é que anda
aquela vida à toa
e se puder me manda
uma notícia boa "

...

quinta-feira, março 23, 2006

limbo.

a noite passada

as quatro crianças

deram-se as mãos
no escuro

e fecharam os olhos

confusas

de medo

e dor.

terça-feira, março 21, 2006

rita, diogo, e sara.

amo

sorrio

penso

sonho

recebo

admiro

canto

abraço

escrevo

sinto

VIVO


os meus sobrinhos.





























...

:'o)

quinta-feira, março 16, 2006

a felicidade, hoje...


















chama-se SARA.


















...

parabéns, manoS.

:'o)

@-,-'-

terça-feira, março 14, 2006

verdade.

ser feliz é simples: sentir e acreditar.

descubro aos poucos que isso basta.

isso é
na verdade
viver.


eu acredito.

quarta-feira, março 08, 2006

hoje comemoro

a magia
a força
a vida
o orgulho

de ser mulher.

sexta-feira, março 03, 2006

3 de março.

há precisamente 13 anos, hoje, cumpria-se o pesadelo que havia dois dias se previa. se temia.
há precisamente 13 anos, hoje, a vida esbofeteava-me de tal maneira que me recusei a continuar.
durante uns meses, fiz greve à vida.
comia, bebia, mas não vivia.
em certas coisas, secretamente, eu não vivia.

se roubas assim o sorriso de um anjo, por que não me hei-de eu refugiar?
se o prémio pela alegria é morrer aos 18 anos, sem um aviso, sem tempo para ter alguém a seu lado, que prometa, que minta dizendo que tudo vai correr bem, porque ela menina, porque ela efémera sem o saber, então...

então não gosto da vida.


e assim vivi, tempo demais, e ao mesmo tempo tão nada para o que era, de verdade, com verdade, a dor.
acima de tudo, recusava-me à injustiça.
acima de tudo, recusava-me à vida.

...

foram precisos anos para aprender a lidar com este dia de hoje.
anos para o perdoar.
anjos para me libertar.

...

hoje aceito que a vida faça parte da morte.
ou a morte da vida, tanto faz.


tremem-me de água os olhos, ainda, quando me bate a sua ausência.

dói-me não lhe lembrar as mãos.

dói-me muito, como se traição, não lembrar as suas mãos...

.............

conforta-me a lembrança da voz.
o sorriso.
os olhos.

mas por muito que aceite o que for, não perdoo.
não percebo.
não esqueço.


não esquecemos.



por isso
por isto
por tudo

vive para sempre
ela
cláudia.