segunda-feira, abril 28, 2008

regresso







" avião lisboa-londres, 27.abril.08



parto de novo.



vejo de cima a terra que amo tornar-se pequenina, mais e mais, até me caber na palma dos olhos, ser não mais que essa lembrança que me marca o ser(-me), força de gente e sentir, causa e recusa de inconstante chorar.



há caminhos desenhados lá em baixo. caminhos desejados que levam onde quis, soube querer, em sonho e vida, um qualquer outro (de) nós.
que sonhamos, podemos, queremos.
mesmo se, quando, às vezes também porque, esquecemos:
somos sempre o que em nós próprios traçamos.





abril trouxe-me a força da vontade.


as papoilas de meu alentejo cantaram-me de côr a vida.


os amigos que família, família que amigos, marulharam-me o tudo que sou.



e eu sei
eu sei
que tudo é querer.



acordo-me dentro do sonho
e desafio-me a escolher:


ganhar asas?
voar para casa?




...





- ser humilde.



viver. "


















...







" let me fall,
let me climb,
there's a moment when fear and dreams must collide

someone i am is waiting for courage,
the one i want,
the one i will become will catch me

so let me fall
if i must fall,
i won't heed your warnings,
i won't hear them

all i ask,
all i need,
let me open whichever door i might open

let me fall,
and if i fall
all the feelings may or may not die

i will dance so freely,
holding onto to no one,
you can hold me only if you too will fall,
away from all
these useless fears and chains.

someone i am is waiting for my courage,
the one i want,
the one i will become will catch me

so let me fall
if i must fall,
i won't heed your warnings,
i won't hear

let me fall,
and if i fall
- there's no reason to miss this one chance,
this perfect moment -,
just let me fall. "








..






(com um abraço
forte
de tanto
à cláudia,
amiga de tudo,
que me amparou a queda de angústia
nesta terra de saudade
e me sempre lembra as asas
as alturas
a gana
de meu voar em liberdade.)
















..








(imagens, música e poema retirados do espectáculo quidam, pelo "cirque du soleil")

23 comentários:

Ad astra disse...

Tu sabes!!!

tudo é crer
tudo é um querer



um beijo
por isto...
por tudo!

Sandrinha disse...

E que bom que foi ter-te connosco!!

Que bom...
que bom!

Maria Liberdade disse...

Volta.

Maria Liberdade disse...

Volta.

Anónimo disse...

Eu sei que vais voltar quando o teu tempo o sentir,
e então que bom vai ser!

xxxxx

M_d_O_M

un dress disse...

~


da qui

circo du

soleil

de la

pluie

de la vie







mil beijOs

até já nana

Unknown disse...

Não vou dizer
que a tua partida
não me diz nada,
porque diz.

Não sei dizer
que não sinto
saudade
porque
sinto.

Mas, se partes
com desejo
de asas
e de voo...
Então, até já...
Até breve...
Breve...
Já...
Até.

[Beijo de esperança]

a gaja disse...

tens sempre lugar cativo em mim. tambem a a ti devo parte do que sou. tanto.

ana disse...

As pessoas nao patem simplesmente se ausentam por instantes ,e bom é quando esses instantes sao bem pequeninos.bj

Anónimo disse...

és grande nana... forte e frágil, como se deve ser :)

um grande beijinho!

Graça Pires disse...

"as papoilas de meu alentejo cantaram-me de côr da vida"
Voltarás sempre, sabe-se...
Um beijo.

tufa tau disse...

a dualidade da partida, chegada
parto para chegar
chego porque parti
partirei de novo
para chegar
e chegarei novamente porque tive que partir

um beijo

Ruela disse...

partir e voltar

voltar e partir

lei da vida!

ContorNUS disse...

Agradeço as palavras de apreço...
Lindíssimo o teu espaço

Gostei de ouvir a acompanhar o tema de Manuel Freire, Pedra filosofal...lindo...lindo pela mensagem da belissíma letra à altura desta tua morada.

Volta sempre!

Mar Arável disse...

Na vida estamos sempre

a partir e a chegar

Bela alentejana

tchi disse...

Magnificamente belo.

Voo único.

Sem queda livre.

Mas com a liberdade de querer, ser, fazer, sonhar, voar.

E, também, chegar, partir, voltar, tornar a ir.

O Profeta disse...

Na água tudo se perde
Lavas do rosto a desventura
Uma lágrima é simples gota
Perdida do mar da ternura




Bom domingo



Doce beijo

ricardo disse...

:)

via disse...

em londres a noite começa cedo demais, levarás contigo as tuas melhores memórias para que a noite não entre. boa viagem.

~pi disse...

ondular: on~du~las







~

Dalaila disse...

estarás sempre cá, e onde as ondas te levam, tudo se torna pequeno quando deixamos para trás a saudade

Carla disse...

lindo este teu espaço
feliz por o ter descoberto
beijos

Anónimo disse...

Entre o Abril, O Partir e Voltar, a Mãe, e o CHORO, deixo-te aqui umas palavras da letra do FMI - José Mário Branco

Mãe, eu quero ficar sozinho... Mãe, não quero pensar mais... Mãe, eu quero morrer mãe.
Eu quero desnascer, ir-me embora, sem ter que me ir embora. Mãe, por favor, tudo menos a casa em vez de mim, outro maldito que não sou senão este tempo que decorre entre fugir de me encontrar e de me encontrar fugindo, de quê mãe? Diz, são coisas que se me perguntem? Não pode haver razão para tanto sofrimento. E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar. Partir e aí nessa viajem ressuscitar da morte às arrecuas que me deste. Partida para ganhar, partida de acordar, abrir os olhos, numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar, mãe... Lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto, lembrar nota a nota o canto das sereias, lembrar o depois do adeus, e o frágil e ingénuo cravo da Rua do Arsenal, lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, partir aqui com a ciência toda do passado, partir, aqui, para ficar...

With LOve.
MarYAne.