regresso
" avião lisboa-londres, 27.abril.08
parto de novo.
vejo de cima a terra que amo tornar-se pequenina, mais e mais, até me caber na palma dos olhos, ser não mais que essa lembrança que me marca o ser(-me), força de gente e sentir, causa e recusa de inconstante chorar.
há caminhos desenhados lá em baixo. caminhos desejados que levam onde quis, soube querer, em sonho e vida, um qualquer outro (de) nós.
que sonhamos, podemos, queremos.
mesmo se, quando, às vezes também porque, esquecemos:
somos sempre o que em nós próprios traçamos.
abril trouxe-me a força da vontade.
as papoilas de meu alentejo cantaram-me de côr a vida.
os amigos que família, família que amigos, marulharam-me o tudo que sou.
e eu sei
eu sei
que tudo é querer.
acordo-me dentro do sonho
e desafio-me a escolher:
ganhar asas?
voar para casa?
...
- ser humilde.
viver. "
...
" let me fall,
let me climb,
there's a moment when fear and dreams must collide
someone i am is waiting for courage,
the one i want,
the one i will become will catch me
so let me fall
if i must fall,
i won't heed your warnings,
i won't hear them
all i ask,
all i need,
let me open whichever door i might open
let me fall,
and if i fall
all the feelings may or may not die
i will dance so freely,
holding onto to no one,
you can hold me only if you too will fall,
away from all
these useless fears and chains.
someone i am is waiting for my courage,
the one i want,
the one i will become will catch me
so let me fall
if i must fall,
i won't heed your warnings,
i won't hear
let me fall,
and if i fall
- there's no reason to miss this one chance,
this perfect moment -,
just let me fall. "
..
forte
de tanto
à cláudia,
amiga de tudo,
que me amparou a queda de angústia
nesta terra de saudade
e me sempre lembra as asas
as alturas
a gana
de meu voar em liberdade.)
..
(imagens, música e poema retirados do espectáculo quidam, pelo "cirque du soleil")
23 comentários:
Tu sabes!!!
tudo é crer
tudo é um querer
um beijo
por isto...
por tudo!
E que bom que foi ter-te connosco!!
Que bom...
que bom!
Volta.
Volta.
Eu sei que vais voltar quando o teu tempo o sentir,
e então que bom vai ser!
xxxxx
M_d_O_M
~
da qui
circo du
soleil
de la
pluie
de la vie
mil beijOs
até já nana
Não vou dizer
que a tua partida
não me diz nada,
porque diz.
Não sei dizer
que não sinto
saudade
porque
sinto.
Mas, se partes
com desejo
de asas
e de voo...
Então, até já...
Até breve...
Breve...
Já...
Até.
[Beijo de esperança]
tens sempre lugar cativo em mim. tambem a a ti devo parte do que sou. tanto.
As pessoas nao patem simplesmente se ausentam por instantes ,e bom é quando esses instantes sao bem pequeninos.bj
és grande nana... forte e frágil, como se deve ser :)
um grande beijinho!
"as papoilas de meu alentejo cantaram-me de côr da vida"
Voltarás sempre, sabe-se...
Um beijo.
a dualidade da partida, chegada
parto para chegar
chego porque parti
partirei de novo
para chegar
e chegarei novamente porque tive que partir
um beijo
partir e voltar
voltar e partir
lei da vida!
Agradeço as palavras de apreço...
Lindíssimo o teu espaço
Gostei de ouvir a acompanhar o tema de Manuel Freire, Pedra filosofal...lindo...lindo pela mensagem da belissíma letra à altura desta tua morada.
Volta sempre!
Na vida estamos sempre
a partir e a chegar
Bela alentejana
Magnificamente belo.
Voo único.
Sem queda livre.
Mas com a liberdade de querer, ser, fazer, sonhar, voar.
E, também, chegar, partir, voltar, tornar a ir.
Na água tudo se perde
Lavas do rosto a desventura
Uma lágrima é simples gota
Perdida do mar da ternura
Bom domingo
Doce beijo
:)
em londres a noite começa cedo demais, levarás contigo as tuas melhores memórias para que a noite não entre. boa viagem.
ondular: on~du~las
~
estarás sempre cá, e onde as ondas te levam, tudo se torna pequeno quando deixamos para trás a saudade
lindo este teu espaço
feliz por o ter descoberto
beijos
Entre o Abril, O Partir e Voltar, a Mãe, e o CHORO, deixo-te aqui umas palavras da letra do FMI - José Mário Branco
Mãe, eu quero ficar sozinho... Mãe, não quero pensar mais... Mãe, eu quero morrer mãe.
Eu quero desnascer, ir-me embora, sem ter que me ir embora. Mãe, por favor, tudo menos a casa em vez de mim, outro maldito que não sou senão este tempo que decorre entre fugir de me encontrar e de me encontrar fugindo, de quê mãe? Diz, são coisas que se me perguntem? Não pode haver razão para tanto sofrimento. E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar. Partir e aí nessa viajem ressuscitar da morte às arrecuas que me deste. Partida para ganhar, partida de acordar, abrir os olhos, numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar, mãe... Lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto, lembrar nota a nota o canto das sereias, lembrar o depois do adeus, e o frágil e ingénuo cravo da Rua do Arsenal, lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, partir aqui com a ciência toda do passado, partir, aqui, para ficar...
With LOve.
MarYAne.
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