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sábado, dezembro 13, 2008

round here









encontro amigos.

reencontro-me
neles.

no que somos
nós.


abro meu olhar
e sou-me eu,
aqui.
sem o medo,
a solidão
- estátuas de água que desenho e habito...


estendo mãos,
encontro abraços.


sorrio fora
e é dentro que me marulha a vida.


em embalo de ternura
e gente de olhos que me dançam mar.
em força
nudez
coragem.




.






partilho meus marulhos com quem me é maré que enche.
e vaza.
e é vida
de sentir.











em tudo a partilha da verdade.

os sorrisos.

as mãos.

os olhos.

as lágrimas de dor imensa que em mim tatuam uma outra vida.
dentro.
em certeza de sangue.

de ser.


sermos
juntos.

em passo de pôr-do-sol
e floresta.
por lagos
e por risos
e por nós

e ser-nos tudo
esse tanto
de dar.


sem pressa.


tão devagar....


um só
nada
a medo.





até à praia nova
desta gente
que me encontra
me encanta
me descobre.
















..


















(e dizem
dizem
que é isso a vida...)






sábado, novembro 08, 2008

perto, em aniversário








" felicidade se acha
é em horinhas de descuido. "


(guimarães rosa)











...







minha mãe amanheceu-me no mar
e plantou-me em terra de amor.



(fazia já tanto tempo que aqui não era este dia,
tantos já os abraços distantes, inventados, adiados...)



tudo o que sou tremeu de vida,
e em cada mão apertada reconheci,
acarinhei,
embalei.

e.



(menina pequena de novo
em sonho e despertar,
fui rosa, ovelha, planeta
- segredo e(m) alma de cativar.)



o sol marulhou-nos o dia,
pintado a memória e riso.


à beira de um lago, em verdade de água e outono,
sorrimos às côres do ser.



e fomos.


somos.


para além de tempestades secretas,
medos escondidos,
tristezas a sós.



somos

este amor de força,

este mar de vida,

este tudo de nós.


















...










(tanto) obrigada, gente de mim...

@-,-'-


sexta-feira, setembro 05, 2008

(n)a dor de alice











.

suicide watch
is an intensive monitoring process used to ensure that an individual does not commit suicide.

.









..











eu estava sentada a seu lado, um lugar de sofá no meio das duas, a minha mão a transpô-lo, pousada sobre o seu ombro, fazendo festas até onde chegavam meus dedos, querendo quase entrar por sua pele para chegar dentro, fundo onde lhe gritavam as vozes que não ouvia eu, que não ouvia ninguém senão ela, que lhe ensurdeciam o falar e lhe emudeciam o ouvir;
e por isso o toque, o tentar do toque, o toque desesperado por chegar dentro, dentro até que minhas mãos tapassem a boca a essas vozes injustas e mentirosas que empurravam aquela alice de cabelo de fogo para o buraco mais fundo de si,
longe de tudo,
de todos,
longe de tudo o que é
vida
na vida.



















" you see..




i wasn't supposed to be alive by friday......"
























disse-mo em murmúrio,

como quem fala do que é certo,

sem caminho de regresso.





um segredo que me confiava como quem confia tudo.






















e eu tive vertigens de sua morte planeada.



































...








falava-me por entre os soluços que lhe rasgavam o respirar,
sem nada mais que não o negro da côr imensa de si, esse escuro de facas afiadas e comprimidos engolidos por anos de injustiça, desamor, desconsolo.


e eu pensei
pensei
que não é justo.


a balança a tornar-se mais e mais desigual a cada dia
e nós sem saber, sem saber o peso de cada hora.

o peso de não saber-se de si.

de perder-se,
deixar de ser-se
esse tudo
que se é.


e tão fácil, a queda.....












frente a meus olhos caía, e eu sabia que ela caía de olhos fechados, cerrados como punhos, e assim se deixava ir, sem responder a ninguém, sem levantar a cabeça para olhar-nos, já, sequer, nada de si senão aquele corpo de menina por si mesma abandonada e aquele choro angustiante, sufocante, sumido,
a contaminar-me o sangue de tristeza e revolta.


inadmissivel não pegar nas mãos de quem nelas segura seu próprio presente e levantá-las até que veja, saiba, sinta tudo o que é, pode ser, sempre, a cada dia, cada minuto, ainda, sempre, a vida.


querer abaná-la e dizer pára, pára as vozes, pára tudo o que te atormenta, mergulha para fora de ti se preciso for que te agarramos, nós agarramos-te,
só não vás.
não assim.
não antes de tanto de ti.


mas ela menina, enrolada em si mesma,
pequenina pequenina,
pequenina de medo e tão adulta de dor...




medo de quebrá-la, quase...
cuidar como se,
porque,
pássaro de asas partidas.
alimentar.
ser guarida.
dar descanso.
sem paredes brancas, médicos ou vozes estranhas.
sem o medo de nada.
sem o nada lá fora.
sem curso de nada para além do sentir.
nada senão cada momento.
agora.



na quietude da noite dormiu como quem se entrega ao descanso dos braços de uma casa, amigo, porto de abrigo.

na luz meiga do dia pegou-me pela mão e levou-me por seu labirinto de árvores entrelaçadas em nós enferrujados de memórias escuras e flores murchas de seu próprio abandono,
e pelo enevoado do medo consegui ver que olhava ainda para cá.
para nós.
dentro.
olhava.


falei-lhe das luzes que alumiam o dia,
das velas que se apagam para que possa vir a noite que descansa, apazigua, ameniza, serena...


deixa que venha a noite, serena.

que te seja sereno o dia.

todos os dias.

deixa...











o que se pensa é só isso,


um pensar.







a vida toda é um pôr-do-sol




uma mão dada no escuro




o mar.














..










(imagem de john tenniel)

sábado, abril 19, 2008

(em) mudança



por esta janela que me abre (a)o escrever
vejo e sinto os passáros que a meu lado voam.
comigo.
eu neles.



nessa outra, onde adormeço em estrelas e acordo na côr do dia, o canto de gaivotas trouxe-me já o mar em sorriso de acordar. o mar que provo também nos olhos quando mergulho em todas as memórias que solto neste espaço novo, algumas tão longe dos dias de hoje, fechadas nestes quadrados guardiões dessa vida a que regresso agora, só agora, um ano e meio depois, todo este tempo trancados para que a mim encontrasse, finalmente, eu, no que sou e sinto e vivo.
sem nada mais.
e tanto, afinal....



abro cada caixote como quem volta ao passado.


volto.



abro fundo esse tempo de antes
e nele passeio
sem rede ou volta marcada.









mas regresso sempre.
regresso sempre a quem sou.

para além do que é não-saber.




















vivo (n)a vida.





deixo que me viva.









sou e respiro o que voa (n)o tempo.



o que me trago
eu
nele.







(dreaming about wings, bogdan zwir)










..







" (...) não pensemos mais: esta é a casa:

tudo o que lhe falta será azul,

agora só precisa de florir.

e isso é trabalho da primavera. "


(pablo neruda)















(nesta casa nova de mim,
é tão forte às vezes o vento nas janelas...

e é só

um segundo andar..



....



mas é bonito.

às vezes lembra-me a noite do mar.




como se perto da praia,
quando fecho os olhos
e respiro em mim seu marulhar.)











( " eu ando pelo mundo prestando atenção em cores que eu não sei o nome
- cores de almodovar, cores de frida kahlo,
cores...

passeio pelo escuro
- eu presto muita atenção no que meu irmão ouve;
e como uma segunda pele, um calo, uma casca, uma cápsula protetora

- ah, eu quero chegar antes...
pra sinalizar o estar de cada coisa,
filtrar seus graus

eu ando pelo mundo divertindo gente,
chorando ao telefone..
e vendo doer a fome dos meninos que têm fome


pela janela do quarto, pela janela do carro,
pela tela, pela janela,
quem é ela, quem é ela?
- eu vejo tudo enquadrado,
remoto controle....


eu ando pelo mundo
e os automóveis correm para quê?
as crianças correm para onde?

transito entre dois lados
de um lado
eu gosto de opostos...
exponho o meu modo,
me mostro


- eu canto para quem?





pela janela do quarto, pela janela do carro,
pela tela, pela janela,
quem é ela, quem é ela?
- eu vejo tudo enquadrado,
remoto controle....


eu ando pelo mundo
e meus amigos....
cadê?
minha alegria, meu cansaço?..

meu amor cadê você?
eu acordei
- não tem ninguém
ao lado


pela janela do quarto, pela janela do carro,
pela tela, pela janela,
quem é ela, quem é ela?
- eu vejo tudo enquadrado,
remoto controle....


eu ando pelo mundo
e meus amigos....
cadê?
minha alegria, meu cansaço?..

meu amor cadê você?
eu acordei
- não tem ninguém
ao lado


pela janela do quarto, pela janela do carro,
pela tela, pela janela,
quem é ela, quem é ela?
- eu vejo tudo enquadrado,
remoto controle.... " )




















desenquadro.


desprendo.


desenlaço.












me.























.












agora


agora

volto


ao abraço do sorriso

à magia da infância

ao viver (d)o mar









regresso(-me) à terra de mim

para beber o abril

que me é côr de voar

















(imagem de autor desconhecido. sadly.)

quinta-feira, novembro 08, 2007

longe, em aniversário






















(edvard munch, puberty)





" ...and that's the day i knew there was this entire life behind things, and...
this incredibly benevolent force, that wanted me to know there was no reason to be afraid, ever.
(...)
i need to remember...
sometimes there's so much beauty in the world i feel like i can't take it,
like my heart's going to cave in.
"

(do filme american beauty)




..





escrevo neste longe como quem escreve em casa.

tudo me é paz, força e vida
neste momento de tempo.
instante.

toques novos que me levam ao que sou,
me beijam em murmúrio o ouvido,
me acordam de certeza e sorriso.


guardo tudo para que o lembre,
mais tarde,

a este tempo parado

suspenso

em dislumbre
e maravilha

de ser-se humilde


como a vida.

























(bogdan zwir, butterfly)



...


na ausência do toque
do mar
dos outros
(re)escrevo-me.
lembro tudo o que sou
sinto
vivo.


mesmo se longe.
mesmo se aqui.
mesmo se na distância
dorida
de um
qualquer
não-abraço.


..


sei que vivo

viva.



e isso me é tudo.


que a cada passo
a cada gesto
a cada toque de maravilha adormecida
eu seja
sinta
exista
na paz marulhar
de ser verdade na vida.
















(ana nicolau)

sábado, setembro 01, 2007

over(.) again.






















longe.

de novo.


terra nova,
gente nova,
cheiros olhares palavras caminhos,
lugares de encontro modos de ser,
espaços que me semearão força
toques de sentir e saber
- tudo,
tudo de novo.


..







mudo na vida o modo de vida.





de novo.




longe.











(imagem: la réponse imprévue, de rené magritte)

quarta-feira, agosto 29, 2007

olhares (d)e marulhos: fim.de.semana.

sexta-feira:
mudança


fora





























dentro





à volta.
em tudo.























sábado:
regresso ao futuro


de autocarro
em turismo e self-discovery
pela minha londres























































a pé
em mim
pela sua
minha
camden













































e neste seu velho
- meu novo -
espaço e canto de mim.





























domingo:
calma e conforto


dados
























recebidos
























































e partilhados.

















no fim
do fim
da semana,
da flor apanhada do chão
no seu início
- assim largada
sem vento ou cuidado,
guardada com(o) lembrança
num caderno que não olha o passado -,
este (re)nascimento,
em água acarinhado:

quinta-feira, julho 05, 2007

(um) regresso.

volto lá.



















....


quando me lembrei de partilhar marulhos esse lá era o meu "cá".
este cá era o meu "lá".

..

e agora volto.


sem esperar nada, querendo só ser.
saber a vida, de longe, sentir se me fala de perto.

era aqui que vinha, quando. a minha casa, a minha terra.
agora vou ouvir o que me diz essa minha terra de outro lugar.

o liveearth vai fazer-me sentir vida.
é isso a música em mim.
mais ainda se ao vivo, no meio de tanta, tanta gente que o sente também.
é mágico.


vou talvez finalmente fazer o meu salto de paraquedas.
agora a fazer-me ainda mais sentido.
agora voando ainda mais alto.
com.



vou estar com amigos dentro, tão dentro como, que me sabem e confortam antes mesmo de eu o saber.


vou ver a minha outra cidade.
tão diferente.
tão, tão diferente...
e tão minha, também.
nevertheless.
tanto que tenho
mesmo
saudades.

.



disse-lhe
- a ver se me encontro, por lá....


e ele respondeu só
- dá-te um abraço meu, se te vires :)




....






e é só isso:





voltar.
agora.
respirar.
e perceber
saber
o que quero ser
e valer.



" Yo adivino el parpadeo
de las luces que a lo lejos,
van marcando mi retorno.
son las mismas que alumbraron,
con sus pálidos reflejos,
hondas horas de dolor.
Y aunque no quise el regreso,
siempre se vuelve al primer amor.
la vieja calle donde el eco dijo:
"Tuya es su vida, tuyo es su querer",
bajo el burlón mirar de las estrellas
que con indiferencia hoy me ven volver.

Volver,
con la frente marchita,
las nieves del tiempo
platearon mi sien.
Sentir, que es un soplo la vida,
que veinte años no es nada,
que febril la mirada
errante en las sombras
te busca y te nombra.
Vivir,
con el alma aferrada
a un dulce recuerdo,
que lloro otra vez.

Tengo miedo del encuentro
con el pasado que vuelve
a enfrentarse con mi vida.
Tengo miedo de las noches
que, pobladas de recuerdos,
encadenan mi soñar.
Pero el viajero que huye,
tarde o temprano detiene su andar.
Y aunque el olvido que todo lo destruye,
haya matado mi vieja ilusión,
guarda escondida una esperanza humilde,
que es toda la fortuna de mi corazón.

Volver... "









(poema de alfredo le pera
imagem de ana nicolau)

sábado, novembro 04, 2006

os foguetes lá fora...

iluminam o céu sem que os veja
e fazem-me ouvir a festa de alguns.
lembro as noites de fim-de-ano em beja,
à janela da casa
da minha avó
a vê-los dar cor ao céu
sobre a igreja do carmo.

agora trabalho, ainda.
não participo na festa.
afasto as cortinas da janela,
vejo do outro lado da rua
como eu
uma menina
pequenina
fazer o mesmo
olhando o céu.
vejo o reflexo do fogo-de-artifício
na janela ao lado da dela,
ela vê "the real thing"
sobre a minha casa.
"bonfire night" lhe chamam.
fui o ano passado
e gostei muito.

este ano tenho quase 30,
como brinde aquele "q" de responsabilidade
por que luto -
mente e coração apontados ao crescer,
e ao mesmo tempo este cansaço do trabalho
vontade de mandar tudo às urtigas
às vezes
assim mesmo
para que se pique o raio da realidade
e veja o que é bom para a tosse.

amanhã
trabalho também.
e para amanhã
a previsão meteorológica
é boa.
podia ir saltar.
mas.

....


f$#*-se!,
esta coisa de "ganhar a vida"
(não era suposto ser minha? mas que moenga!!!!)
pode ser uma seca
que nem vos conto!

segunda-feira, junho 12, 2006

fuga a mim. ou regresso, tanto faz.

" Pode ir armando o coreto e preparando aquele feijão preto
Eu to voltando
Põe meia dúzia de Brahma pra gelar, muda a roupa de cama
Eu to voltando
Leva o chinelo pra sala de jantar...Que é lá mesmo que a mala eu vou largar
Quero te abraçar, pode se perfumar porque eu to voltando
Dá uma geral, faz um bom defumador, enche a casa de flor
Que eu to voltando
Pega uma praia, aproveita, ta calor, vai pegando uma cor
Que eu to voltando
Faz um cabelo bonito pra eu notar que eu só quero mesmo é
Despentear
Quero te agarrar... pode se preparar porque eu to voltando
Põe pra tocar na vitrola aquele som, estréia uma camisola
Eu to voltando
Dá folga pra empregada, manda a criançada pra casa da avó
Que eu to voltando
Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar... Quero lá.. lá.. lá.. ia.....porque eu to voltando!"

......

terça-feira, junho 06, 2006

friozinho ao sol.

sei-me
aceito-me
finalmente
como emigrante.

nunca antes.
nunca
nesse tempo em que me custava
custou
tanto tanto
tanto
deixar o meu país
as gentes
pessoas de mim
que achei que não ia aguentar.
achei que a vontade de voltar
ia ser sempre maior que a de ficar.

mas o trabalho.
que quando se gosta
mesmo
é mesmo a melhor terapia.
ajuda a consolar.
a lidar com o que não tem consolo.

porque há manhãs
às vezes noites
em que só queria que não me ferisse
tão afiada
a saudade
do berço de mim.

quando se está "entre-trabalhos" (the wonderful life of freelancing...)
pior um pouco.
porque o tempo.
o espaço.
a
(atrever-me-ei a dizê-lo?...)
solidão.
que é só minha
por mim causada
sei-o.
mas.

..

este ano tem-me custado muito a sombra e o frio.
mais que noutros anos.
talvez porque o estar em portugal em abril
o sentir aquele calor
todo
de tudo
me lembrou o que me falta.

aqui
com este calor arrefecido
em tantos
tantos
sentidos
aprendi a viver.
mas é
também
em mim
inconsolável.

como esta constante
vertiginosa
insuperável
desmesurável
vontade
de mar.

domingo, abril 09, 2006

diário.

muito estranha, esta época da minha vida...

profissionalmente estou melhor do que alguma vez estive. os meus patrões (as minhas patroas, neste caso) confiam em mim. muito. gostam do meu trabalho. muito. gostam de mim, até. muito.
para a semana vou três dias para fora de londres, para o norte, filmar. pesquisei a informação, falei com os fãs, e agora, quase que como uma recompensa (que já tinha tido, dado que me vão dar um crédito maior do que aquele pelo qual me contrataram), sou eu quem vai filmá-los. sozinha. talvez com um "runner" da companhia, também, por razões de segurança.

traz-me paz, esta confiança.
delas. nelas.
e em mim.
:o)














...

pessoalmente...
pessoalmente sinto-me muito, muito próxima da minha família toda. sinto-os próximos de mim. em mim. sinto-me próxima deles. neles.

sei que alguns amigos deverão estar sentidos
muito
magoados
comigo. com o silêncio, a ausência.
...
porque não sabem.

e eu.
eu também
não sei.
mas acredito.
um dia de cada vez.
acredito.
porque
o futuro
é já
é só
o amanhã.

domingo, fevereiro 26, 2006

no princípio era o sonho

não sei, não posso ainda saber o que foi a noite dos baftas.
o que significou para mim.
em mim.

...

é demasiado.

demasiado........















...

estar ao lado do jake gyllenhaal , com o equivalente a uma fila no cinema no meio de nós, e olhar, em directo, e ver, sentir, em directo, com ele, o espanto, a incredibilidade, ouvi-lo dizer, mais que vê-lo dizê-lo, “no way!!!!” quando o nome dele foi anunciado como o de melhor actor num papel secundário...

...

olhar para o lado direito e ver o ralph fiennes a rir, a barba por fazer, descontraido e magnífico, logo ali...

...

saber que me sentei à frente do jude law...

...

sentar-me no lugar da charlize theron, dar-lhe o lugar quando ela regressa...

...

estar na primeira fila quando o matt dillon esteve em palco, estar na primeira fila durante grande parte da cerimónia...

...

aperceber-me de onde estou quando vejo a primeira das "celebridades", a neve campbell, ali mesmo, como se próxima, ela que próxima foi, tanto, no “party of five” (“adultos à força”) naquele ano de 1993

...

cruzar-me mais tarde com ela, e na porta a seguir com o ang lee, e na outra a seguir com o philip seymour hoffman, ele que depois novamente comigo se cruza para ir fumar a sua cigarrilha, porque aquilo ainda ia afinal levar muito tempo a começar, e os pés, os meus, já sem força para mais

...

ouvir a felicity hoffman, mesmo ao meu lado, a simplicidade em pessoa, a apresentar-se a um dos membros da equipa, como se não soubéssemos todos quem ela é

...

ir à casa-de-banho e lavar as mãos com a renée zellweger a queixar-se do cabelo, no mesmo espelho que eu, ali mesmo ao lado

...

a christina ricci, a kristin scott thomas, o pierce brosnan, o matthew modine, todos assim, a passos, milímetros de mim

...

o heath ledger no fim a tirar fotografias ao palco onde estava todos os vencedores dos baftas, ele que não ganhou o de melhor actor, e eu ao lado dele, a tirar também, a ser ridiculamente óbvia com a obsessão pelo jake! ;oP

...

o george clooney a passar a milímetros de mim...

um homem de uma presença incrível...

meu deus!...

...

viver tudo, toda a cerimónia, tudo, tudo, ir à “after-show party”, tudo como se eu

...

como se sonho

...

e eu

...

mas eu

...

eu ali

...

eu ali também

...

...

...


:’o)


...


















...


sexta-feira, fevereiro 17, 2006

monkey











sinto-me bem em mim.
devo-o, sem dúvida, à companhia onde trabalho agora (www.monkeykingdom.com).
às pessoas com quem trabalho e (con)vivo lá.
continuamente, desde o primeiro dia, na entrevista, sorrisos que valem palavras.
em mim.
por mim.

este sentir que pertenço, faço parte.
ser tratada como uma deles, com toda a individualidade que isso pode, deve, permitir.

...

...

mais que sorrir no trabalho, sorrio no caminho ate lá.

sinto-me forte.
aqui e aí.

sinto-me viva.




gosto mesmo muito do sítio onde trabalho.

...

...

e gosto mesmo muito de viver.

:'o)

sexta-feira, dezembro 16, 2005

agora.

depois da rescisão do contracto permanente com a tiger…

depois da maratona (já me tinha esquecido quão "diz adeus a ter vida e tempo" uma produção podia ser!!!) que foi o pinochet,...















a dormir uma média de 5/6 horas por noite, com trabalho de lua a lua (ie, de manhã cedo (demais) até noite cerrada)...















depois da perseguição de um novo trabalho…

depois da teimosa procura de nova casa...

depois do frenesim do empacotar a minha vida em caixas, sacos, caixotes e malas...















depois do cansaço que trazem batalhas...














...




...





aguardo notícias de um realizador, que está interessado em ter-me como sua assistente num projecto (também para a tiger) chamado “brazil”, sobre o assalto ao banco brasileiro em agosto deste ano, mas que não sabe ainda se o “budget” dá para pagar as viagens de mais uma pessoa para o brasil...

no entretanto, e apesar da minha situação de “freelancer”, fui aprovada para alugar uma casinha só minha, o meu cantinho, at last... :’o) ontem fui buscar as chaves, vou-me mudando aos bocadinhos (desta vez fico no norte de londres, em turnpike lane), e no fim-de-semana faço a verdadeira mudança, com um carro alugado, o que significa que vou estar pela primeira vez ao volante nas ruas de londres! medo!!!! ;oP depois tenho ainda uns diazinhos para me instalar, aos poucos, devagarinho... mas sem ser demais, que se começo outra produção, goodbye tempo outra vez!!! fotografias a estrear em breve, num blog perto de si!

quanto ao emprego, fico a saber hoje. fingers crossed!!!

depois....






...





depois o quentinho.

terça-feira, setembro 27, 2005

no trabalho.

hoje estou a filmar um casting para uma serie da bbc, produzida por nos, chamada "pinochet progress".

ja tinha filmado um na semana passada, e gostei bastante do realizador. "luckily enough", ele tambem parece ter gostado de mim, e quer que eu me junte ah equipa! eh claro que o contracto que tenho agora acaba so a 27 de outubro, e nao sei bem se tenho contactos suficientes - por mais que tenha a vontade e a confianca - de me lancar no mundo dos "freelancers"... mas para ja estou feliz, mesmo so com a proposta. mesmo so com o interesse. :'o)

por outro lado, eh bom tambem porque ha muitos sul-americanos a virem fazer o casting, e - acreditem no que vos digo, depois de quase 2 anos a viver neste pais - sente-se o calorzinho que deles emana. so de um olhar. de uma presenca.

uma argentina trazia uma t-shirt que dizia "democracia en el pais y en la casa"... muito bom!!!!

outra das curiosidades foi quando vi o nome de uma das actrizes..... Anna Nicholas! oh diabo, eh a minha homonima inglesa!!!! pois que nao. pois que a senhora era mesmo portuguesinha de alma e coracao. infelizmente nao tive tempo para falar com ela, mas so estou a ver uma traducao possivel para portugues do nome Anna Nicholas.......

entretanto a minha tia, minha amiga, mandou-me esta fotografia, destas duas criancas de que vos falarei, ainda, que brincavam sem alegria a porta de uma loja a chegar a Narok.
















....

sexta-feira, agosto 26, 2005

estes ingleses sao loucos

esta segunda eh feriado, aqui.
ateh aih tudo bem.
mas...
eh o ULTIMO feriado antes do natal!!!!! uma pessoa acredita-se nisto????? o ultimo???????
HEEELP!!! quero voltar ao meu paihs!!!!!

enfim, sou capaz de ir a uns museusitos (pelo menos os que sao ah borla!!!) e dar grande avanco no meu novo "out of africa" (livro), para me ir enchendo de quenia ateh ah espinha...
"The views were immensily wide. Everything that you saw made for greatness and freedom, and unequalled nobility."

...

:'o)

........



bom fim-de-semana para todos.

miss you all.

@-,-'-

quarta-feira, junho 29, 2005

Coldplay, Keane, The Killers, Madonna, Pink Floyd, Razorlight, REM, Scissor Sisters, Snow Patrol, Stereophonics, Sting, Travis, U2, ....

VOU AO LIVE8!!!
VOU AO LIVE8!!!
VOU AO LIVE8!!!
VOU AO LIVE8!!!
VOU AO LIVE8!!!
VOU AO LIVE8!!!
VOU AO LIVE8!!!
VOU AO LIVE8!!!
VOU AO LIVE8!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

:o)))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))

quinta-feira, junho 23, 2005

COMMENTS PLEASE!!!!!!!

heeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeelp!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

mas por que eh que tem de ser tudo ao mesmo tempo??? porqueh, porqueh. porqueeeeeeeeeeiiiin?????

hoje fui ter com a gemma, com quem trabalhei na pos-producao dos laureus awards (que foram em "lisboa", no casino do estoril), quando ainda trabalhava na arena. ficaram - ela e a equipa com quem trabalhava na altura - bem impressionados com o meu trabalho. sei que sim. fiz por isso. nao por isso, mas por mim. porque nao sei trabalhar de outra maneira. e eh assim que sou. eh assim que o john me fez. me ensinou a ser.
mas isso e outra historia...

adiante.
e resumindo.
foi-me oferecido um trabalho, para/na mtv, que inclui ir a portugal em novembro com os "mtv europe music awards".

......

para isso, "desco" na minha carreira.

mas eh portugal.....



nao sei que fazer.
no entretanto, os da tiger disseram que "in a few weeks" passo a tempo inteiro.

...

what to dooooooooooooooooooooo?..................................

quarta-feira, junho 01, 2005

the last day of our acquaintance...

hoje e o meu ultimo dia aqui na arena...
surpreendentemente, nao me sinto triste por isso. e-me um bocadinho, tristemente, indiferente, mesmo...
ontem foi a noite das "leaving drinks"... surprise, surprise, so o pessoal dos degraus de baixo da escada que escalamos nesta industria da imaggem que mexe apareceram, ie, os runners e os tech assistants, tirando 3 honrosas excepcoes, e um ex-colega (tambem tech).
se por um lado me irrita (e nao mais que isso, e somente hoje - ontem a noite foi de e com quem la esteve, quis estar) que mais ninguem se tenha dado ao trabalho de ir para pelo menos 1 bebida rapida (era a dois minutos daqui do trabalho!!!), porque sempre foram 8 meses da minha vida que dediquei a este sitio, por outro e-me um bocado igual. quem perde, sem duvida nenhuma, sao eles. pessoal e profissionalmente.
e se de alguma coisa me serve esta indiferenca de tantos, eh de exemplo para o futuro.
para que nao esqueca nunca o que eh estar na mo de baixo, com tanta indiferenca que la vai por cima.
para que nao seja eu, nunca, essa face venenosa de indiferenca.