sábado, setembro 29, 2007

minha terra, liberdade de amor e mar


o sangue da língua,
a canto das veias,
o vento da voz....

ouço na noite as gaivotas que me chamam à terra de mim.























.....





aterro.

o calor do sol...


eu maré de perguntas
livres de sentido e respostas.


- como é que...?
- mas não...?



- for good?





..




(for good.................................?)





..




lisboa.
ando pelas ruas.
ando

cheia de tudo o que sou.
cheia
como a lua.
com a lua.
cheia.
mesmo se a cheiura de mim
é tão relativa quanto o amor que foi (sen)tido.
contínuo.
contínua.
continua.
continuo.


prossigo.
ando.
ando mais.
ando muito.
os rapazes da água a gritarem-me ao sangue,
a fazerem-me mar
aqui
em mim.
that was the river.
cada minuto
passado.
this is the sea.
cada minuto
presente.


o mar, o mar, o mar...
meu mar de embalo,
meu mar de mim.........


entro numa casa.
fala-se amor à minha volta.
há olhos de meninice,
nos que crianças e nos que não.
olho-os ao espelho e sei-os verdade,
a cada um,
no que me é dentro,
no que somos,
como um,
tanto,
para sempre.
- minha família de sangue,
tribo de amor e justiça...


passo no bairro das ruas tortas,
que se entortam,
e são como um filme, os amigos.
olho-nos de fora sem que o saibam
e sorrio tanto,
é-me tão feliz este tempo todo,
anos de nós,
de intimidade
e cumplicidade,
que ficam,
e agora outra vez,
mais esta vez,
aqui.



(decido não fazer por tentar ver o amor, descobri-lo, um vestígio de, como se não fosse tão cruelmente óbvio, o seu estrangular na escolha da vida sem, desequilíbrio, desequilíbrio, resisto, desisto, caio de novo, caio nos olhos, na vontade, no presente, um momento, um só, um só que queria saber que querido também, só, caio, caio, nós cada vez mais longe, sem a fala, sequer, caio, calo, caio, dói-me a dor, a sua também, dói-me tamanho cansaço de vida, sem que possa, sem que ouse sequer tentar ajudar, porque agora, porque o amor deitado fora, o violar do sagrado, o abandono, tão só isso, total, longe, o alívio que já não vem de meus braços, a paz que se consegue sem mim, caio, caio, mas caio com asas, asas que me esqueço de abrir, esqueço de usar, porque não sei, não sei ainda, e era contigo que eu queria dançar.
acordo antes do fundo, ladeada por esse lugar em tempos imaculado, intocado por quem senão, acordo, acordo, bato as asas, danço de olhos fechados mas danço, suspensa, surpreendida, ainda, neste limbo de transição, sem ter aberto de vez a mão para deixar, também eu, ir o amor sem salvação, roubado até de seu porto de abrigo, sem asas ou vida humana que o lembrem de ter sido real.



cuando te hablen de amor y de ilusiones
y te ofrezcan un sol y un cielo entero;
si te acuerdas de mí no me menciones
porque vas a sentir amor del bueno.

y si quieren saber de tu pasado
es preciso decir una mentira,
dí que vienes de allá de un mundo raro,
que no sabes llorar, que no entiendes de amor
y que nunca has amado.

porque yo a donde voy, hablaré de tu amor
como un sueño dorado
y olvidando el rencor no diré que tu amor
me volvio desgraciado.

y si quieren saber de mi pasado,
es preciso decir otra mentira,
les diré que llegué de un mundo raro,
que no sé del dolor, que triunfé en el amor
y que nunca he llorado.





e eu hei-de deixar de sentir-nos em cada rua de então.)



.





é fim de tarde.
de todos os cantos da fotografia me espreita a luz de cima, em céu claro, azul de olhos, também, sol radioso, radiante de vida nesta cidade que sou.
mesmo se por vezes
ainda
aqui
me não acho lugar.
em todas as ruas te encontro.
ainda.
em todas as ruas me perco.

..

dá-me a mão, lisboa, vem perder-te comigo, vem ser em mim a beleza de força e entrega de minha mãe, vem sentar-te a meu lado ver a bianca luz que nos invade de carinho, já, vem abismar-te de orgulho e gratidão por essa cinderella que tanto dá aos que lhe são dentro, e que agora abre coração e vida a uma menina a quem ensinará o amor, a família, a segurança eterna de não estar só.
e o mundo, só por isso, ser tão mais bonito e alegre, hoje.


...


o mar, o mar, o mar...
meu mar de embalo,
carinho,
certeza...
mar da comporta,
mar de mim...............



















...






minha casa de água salgada que não ouso ainda provar,
por mais que me (es)corra na pele...
faço-me as malas.
(re)parto(-me) de novo.

mas aqui morarei um dia.
sei-o,
fundo.

por mais que eu.
por mais que tu.
por mais que o mundo.







(" the times we had
oh, when the wind would blow with rain and snow
we're not all bad
we put our feet just where they had, had to go
never to go

the shattered soul
following close but nearly twice as slow
in my good times
there were always golden rocks to throw
at those who,
those who admit defeat too late
those were our times
those were our times


and i will love to see that day
that day is mine
when she will marry me outside with the willow trees
and play the songs we made
they made me so
and i would love to see that day
her day was mine" )






















(poema un mundo raro de josé alberto jiménez)

domingo, setembro 23, 2007

Life And Memories Inflicting Affection





















minha querida irmã de amor e dor,


sim, tens razão:
eu sabia.
ou talvez esperasse saber, tivesse a esperança de.
e secretamente o sentisse, já.
em ti.
como tu em mim,
logo,
desde a primeira palavra de imagem.


também eu amei inteira
e toda me dei,
em tudo,
e tanto mais do que pensei e quis ser capaz.
também eu amei com o futuro e o passado presentes em mim,
amei de olhos abertos,
até mos cegar quem mos roubou
ao deixar de olhar-me.


por isso,
sim,
os nossos amores foram,
são ainda,
por mais que,
iguais de vida,
personagens,
desilusão.
tão iguais....


igual agora este vazio de vivermos perdidas em nós,
quebradas e gastas pelo ardor do sal,
neste labirinto de pele e saudade
onde já não sabemos sentir o caminho de volta ao que somos,
fomos quando,
antes de.
- é como que se vive feliz sem essa vida inteiramente repartida,
amada em sangue, água e entrega?....


e este saber que não há nada que possamos fazer para trazê-la de volta.
e o não-saber já se, anyway...


e não haver nada que cale ou alivie a crueldade de terem violado os sítios do nosso amor - como foi que puderam, esses locais de tudo que acreditámos serem nossos, para sempre, mesmo se, mesmo agora?... -, onde nos entregámos e fomos tanto mais do que simples mortais, nós, vivas de amor e futuro.
nada que pare a faca de mágoa de os vermos constantemente aprisionados em imagens de outras mãos, outro alívio, em força e sentires que não nascem já das memórias do nosso amor,
que é destronado sem mais nada,
sem que se pare um pouco sequer,
um momento só de respeito à lembrança do que ali vivemos e entregámos,
como se nada,
ninguém mais no mundo senão nós.







...













mas um dia
- eu to prometo para além destas lágrimas que me choram as veias do corpo por si mesmo abandonado -
será também nossa a paz maior
de viver sem o seu amor.
para sempre.
como quem, agora, sem nós.



prometo.

por mais dor
o negro das azeitonas
e o vermelho das papoilas
que aos pares.

eu to prometo.
nos.


until then,

my friend of hidden face and feelings,

let us breathe.











( " help, i have done it again
i have been here many times before
hurt myself again today
and the worst part is there's no-one else to blame

be my friend
hold me, wrap me up
unfold me
i am small
and needy
warm me up
and breathe me

ouch, i have lost myself again
lost myself and i am nowhere else to be found,
yeah, i think that i might break
lost myself again and i feel unsafe

be my friend
hold me, wrap me up
unfold me
i am small
and needy
warm me up
and breathe me

be my friend
hold me, wrap me up
unfold me
i am small
and needy
warm me up
and breathe me " )






















(imagem: danae, de gustav klimt)

terça-feira, setembro 18, 2007

por sempre. para sempre.






















“ tenho uma amiga que me conhece para além do tempo. para além de tudo.
tem olhos de céu, sorriso côr de criança e a vida a nascer-lhe das palavras.
com ela, por ela, escolhi, reaprendi essa vida, a vida viva, essa de dádiva e abraços, há 14 anos atrás.

tenho uma amiga que me conhece para além de mim. para além do que.
olha-me nos olhos e eu sei que posso ser verdade, sei que quero ser vida, que preciso ser eu.
com ela, nela, a dor e a morte são derrotadas.
por ela, a coragem da vida renasceu. ”

(lisboa, 18.07.07)


...


no ano de ’93, sem que nos conhecêssemos ou soubéssemos quão perto estavámos, já, quão enleadas nossas vidas se tornavam, flechinha e eu vivíamos sentires semelhantes, inigualáveis de dor e espanto, incompreensíveis por todos os que não os sofriam, ali, connosco, nós adolescentes atordidas de realidade e adulthood, sem aviso ou trégua possível.

quando nos conhecemos, quando primeiro falámos e nos sorrimos de e em vida, apesar de tudo o que, passava um mês exacto sobre dessa data que nunca ouvirei ou sentirei de maneira quotidiana, nunca será confundida com nenhuma outra, nunca fará parte de um calendário normal, como se viessem todos com defeito de fabrico, como a vida, essa, todos com esse dia assinalado a dor.
eu tinha já feridas abertas que não entendia mas me ardiam, lágrimas com sabor a morte, um viver que eu desconhecia e não sabia sentir.
ela vivia o pesadelo dos dias que traziam a incerteza da certeza do medo do amanhã.

lambemos feridas juntas, trocámos vidas e lembranças desses dias de desespero e confusão, tantas e tantas vezes, tantas e tantas noites de palavras e lágrimas e partilha de tudo o que éramos, queríamos ser, e o que não sabíamos que era em nós, também. fomos dúvida do presente agarradas ao passado, mas fomos juntas, passo a passo, em direcção a qualquer coisa que existia, devia existir, lá mais à frente - flechinha com todo o amor, força e uma recusa quase teimosa em ver-me desistir do que fosse em mim.
porque eu, eu afundei-me na dor não-prevista e injusta da morte de quem tanto vivia e mais queria viver.
eu quis afundar-me nos dias, ser sombra, ser não-vida. recusar-me ao viver em jeito de protesto. e quando me recusei a sair de lisboa porque o corpo de quem, mesmo se morto, era aqui que morava, aqui condenado a ficar para sempre, quando disse não ao viajar para qualquer sítio que me tirasse desta cidade, que me tirasse da proximidade do seu corpo, porque isso pelo menos – acreditava eu – existia ainda, e me parecia tão injusto, tão terrível aquilo que eu via como abandono, flechinha, em meiguice e impenetrável amizade, estendeu-me a mão e puxou-me à vida. quando ninguém mais, eu culpada, o pôde fazer.
durante meses a fio, esteve a meu lado, até eu voltar a saber ter e viver o peso do que era em mim própria, sem refúgios, fugas ou abandono de mim.


para além da distância que a vida sabe e pode trazer, soubemos ter-nos sempre dentro, por maior o longe fora, por maior o mundo em muro entre nós: eu sabia, soube sempre, que no momento do precisar a vida não me faltaria. porque ela.


quando emigrei, o conforto de sabê-la na mesma terra.
ela que me precisava, também, tanto, mas que apesar disso, quando lhe confessava o choro, quando me doía o medo e o peso da fraqueza da saudade, me dizia “se não és feliz, se assim, aqui, não consegues ser força na felicidade, vai. volta. volta para longe de mim, mas fica perto do que te faz força e te é dentro.”
...
fiquei. com a sua força na minha, também.
fui ficando até voltar,
voltando até ficar.


aquando do início do pesadelo, no ano passado, embrulhou-me a amizade em presente – ela que tanto poderia ter-se “desumanizado”, por tudo o que, nesse ano – e tentou, da única forma (im)possível, proteger-me do futuro que já tinha vivido.
esteve comigo, a meu lado, sentada na cadeira que não existia naquele quarto de hospital que não sei já se existiu, também, de manhã à noite, e madrugada fora, flechinha esteve comigo a cada instante de espera, ânsia e recusa do amanhã, tanto e tão mais do que outros, “perto”...
e nunca
nunca
me abandonou em mim.
a ela, só a ela, confessei – nesses dias de desmesurado nada - a fraqueza sob o peso que não queria admitir a ninguém mais. mesmo se. porque.
- não aguento mais. é como que lhe paro o sofrimento?, é como que se vive isto?......
e ela, a meu lado, a vivê-lo comigo, a sofrer comigo, sem nunca, nunca, me largar a mão ou a vida.


...

e agora,
agora,
ontem ainda,
no carinho e calor de uma casa de tanto e tão bonito, tão sentido amor, flechinha e sua metade a “convidar”em-me a ser madrinha do novo ramo de sua árvore de vida.
godmother lhe chamam na terra onde vivemos nós.
...
e assim, pela mão de flechinha, como tanto mais, antes, me torno mother pela primeira vez.
e nem sei dizer do orgulho que me traz lágrimas à voz e este sorriso de sentir aos olhos por ser um filho seu, vindo dessa união de tanto tudo, que me é tão dentro, que faz querer chorar de feliz, eu simples visita nessa casa de amor.
e penso, sei, que não poderia ser de outra maneira. de outra pessoa, antes de.

porque nela a força.
nela o apoio.
o exemplo de coragem,
não-entrega ao que tenta
e faz por
vergar e quebrar.
nela o amor.

e agora,
pela mão dela,
de novo,
a vida.







“ fechar os olhos, erguer os braços e dizer-lhe “vou contigo.”. isto é claridade, melodia. duas mãos dadas. a parte de dentro e de fora da laranja.
(...)
parou. abriu subitamente os olhos e compreendeu. então, olhando em redor, pensou: onde quer que estejas, obrigada. jamais te esquecerei. ”

(do livro que me deste há quase 11 anos...)



...




obrigada a ti.

pela vida.

fixed.




(imagem: (e)terno abraço, retirada daqui)

sexta-feira, setembro 14, 2007

(olh)os que me olham
















os olhos dele são côr de rio quente.
olho lá para dentro
- ouso mergulhar sem que o saiba,
ele,
ou tu,
só eu sozinha no seu mar,
com nenhuma outra permissão para além da certeza
de que me ama e quer perto, dentro -,
e vejo-o, sei-o, menino,
a querer dar-me a mão,
o amor,
a vida.


do nosso estar não restam nem fotografias.
foi assim que escolhemos, sentimos, fizemos.
sem fotografias ou testemunhas, tu e eu, só, sós,
no amor divino e infinito que julgámos, acreditámos,
ser nosso.
o mesmo cuja mortalidade e humanidade te assustou e fez esconder da vida.
como a nós das fotografias, antes...


ainda bem.
porque as fotografias tornariam tudo muito mais difícil,
mais real, mais duro,
agora.
assim é como se não tivéssemos sido senão sonho.


e nem faz mal que tenhas imagens, lembranças a preto e côr e branco, dessa tua outra, primeira vida, por mais que, antes de mim.
de nós.
nem faz mal...



ele tem olhos meninos, côr de verão.
palavras tímidas que me chamam à vida.



e eu não me importo de saber que era mentira, tudo mentira, nunca fomos infinitos, nós, tu e eu. eu não estaria assim com ele, deixando que se sente perto, que se chegue mais, tão mais do que tu, agora e.
porque o nosso (esse) amor acabou.
por mais que - sabe-lo como eu - todo o universo, todo mesmo, estivesse do nosso lado quando.


os olhos dele são verdes.
azuis.
claros

e escuros.





















e o mar não morre se te não ouço a voz.


e o sol não deixa de nascer com o dia.
a cada dia.


tudo,
tudo existe,
respira,
vive,
sem ti.


a vida continua sem nós.

como se.

como tu.

como eu,
agora.


a quem ele faz por olhar dentro,
em azul fundo,
líquido de ternura e futuro.










(imagem: nude, looking over her right shoulder, de amadeo modigliani)

quarta-feira, setembro 12, 2007

mo(u)rning
















"they told me, heraclitus, they told me you were dead
they brought me bitter news to hear and bitter tears to shed.
i wept as i remembered how often you and i
had tired the sun with talking and sent him down the sky.

and now that thou art lying,my dear old carian guest,
a handful of grey ashes, long, long ago at rest,
still are thy pleasant voices, thy nightingales, awake;
for death, he taketh all, but them he cannot take. "


(william cory)



























(cada dia
quero mais
ter-te-nos
(re)conhecido
antes.























.....


























tanto.)

sábado, setembro 08, 2007

homesick

.
adj.
acutely longing for one's family or home.

.





















minha amiga de tanto:


vim aqui dizer-te que sei.

eu sei.

sei do peso da saudade.

sei dos dias de acordar difícil,
em frio,
como se todo o sono tivesse sido de olhos abertos em lembranças.

sei que é quase sem-razão
a não-partilha com quem nos foi toda a vida,
diariamente.

sei o que faltam,
o que custa faltarem,

os olhos

as mãos

os
sorrisos.


sei dos dias de querer outro acordar
que não o do silêncio de uma casa vazia de vozes ou memórias vividas.




e a verdade é que a saudade não muda,
permanece,
posso dizer-to porque te não minto.

mas nós podemos
podemos escolher
mudar nela.


e permanecer.

lá onde a nossa gente tem sorrisos de aldeia e mar
mãos que a nossa sabem de cor
olhos onde somos quem fomos.


permanecer.

por maior a fundura, o longe, o medo de tudo.


porque sabemos
sabemos
o quanto
tudo
permanece
em nós.


..

façamos por viver, amiga de mim.
ocupemos o tempo em vida,
a mente em ser presente.
(d)o presente.
que tudo tem em si.
em nós.

como (re)tem o passado
e sorri
a medo
ao futuro.


...




falta o toque, eu sei...
o perto.

o antídoto para esses momentos que nos desavisam da força
e nos fecham dentro, aninhadas de saudade.


falta...


.





por isso aperto a tua mão.































porque sei.














(imagem: drawing hands, de m. c. escher)

terça-feira, setembro 04, 2007

a clockwork life





















o tempo voltou a si.

deixámos já aquela espiral de um querer
de não querer
que chegasse o amanhã.

ficou algures a eternidade da espera, em pé
- o formigueiro no corpo e na alma -,
sem saber se esse amanhã chegaria
ou se já nele vivíamos.

para sempre.





agora resta só a memória confusa desse tempo morto
que nos assombra lembranças e vida.

como se tudo tivesse sido só um sonho mau
- tão indescritivelmente mau... -
que parece ter sido e passado.



..




sim, esse tempo (já) passou...

sabêmo-lo.

por mais que nunca.


























e voltou a si...


o tempo
voltou
a si.





em segredo e de mansinho,
na vergonha de voltar sem ti.


























.












(primeira imagem: close-up clockwork, de konstantin inozemtsev.
segunda imagem retirada de www.kenora.net/watches/)

sábado, setembro 01, 2007

over(.) again.






















longe.

de novo.


terra nova,
gente nova,
cheiros olhares palavras caminhos,
lugares de encontro modos de ser,
espaços que me semearão força
toques de sentir e saber
- tudo,
tudo de novo.


..







mudo na vida o modo de vida.





de novo.




longe.











(imagem: la réponse imprévue, de rené magritte)