sexta-feira, janeiro 26, 2007

"stuck in the middle with"



















é durante o dia, até...

às vezes,
se não passeio pela côr desta cidade que amo,
se me fecho em casa
sem saber de mim
do que chega
ou da vida
lembro as ruas dessa outra
- que o é já ela -
cidade de mim.
lembro maneirismos
sinto-a
e ouço
em mim
todas
as línguas de si.

e tenho
tenho
saudades.
até mesmo
da própria vida.





....



(imagem: Missing You, de Raven La Fontaine)

4 comentários:

inesn disse...

e se, em vez de te fechares em casa, vieres visitar os teus putos?

:)

(essas saudades matam-se com uma visitinha nas férias :p)

;o)

Anónimo disse...

Nos os ingleses tambem temos saudades tuas. Como te comprendo...como e dificil estar-se entre dois amores e sem poder concilia-los sempre! Abraco-te muito,
Ana

PS: Hoje ficou gravado: Tomas, como se chama o peixe? Isabel! E o outro? Isabel! E o outro? Isabel!!!! O inglesinho tambem tem saudades!

Anónimo disse...

Estas enganada Ines!!!!!!!
Ana

Pulsante disse...

O dentro de cada um é um território que é físico e que é mental.
Por entre o emaranhado de veias, artérias, órgãos, músculos, ossos e cartilagens,
reflectem-se imagens, como fotogramas de um sonho:

Imagens de cidades vivas e populosas,
de aldeias desertas e longínquas,
de catedrais góticas,
de labirínticos jardins barrocos,
de exercícios circenses,
de poços fundos de água fresca,
de estepes geladas,
de erupções de vulcões.

E é nessa cacofonia visual que nos descobrimos e nos escondemos de nós mesmo e que sintetizamos todas as certezas adquiridas em porquês sem respostas válidas.