segunda-feira, outubro 08, 2007

for good. (y)our own.



















és como um dia de chuva cuja vinda não antecipo.



convenço-me da vida ao sol, por maiores as nuvens que insistem lembrar-me o fim do verão, o fim da promessa, da verdade, de nós, e depois tu vens e choves sobre o que vivo
- choves sobre o que podíamos ter sido nós, o que fomos um dia, sem respeito ou cuidado nenhum pelo meu sentir - apanhas-me desprevenida e ainda me culpas por o não esperar. por esperar mais de ti, eu, ainda.

até quando?....



"não sei".




não sabes, tu.
não sabes nada, e lavas as tuas mãos com a mesma facilidade com que dizes viver a paz sem mim, com que violas uma e outra e tantas vezes os sítios e horas de um amor em tempos vivo e divino, que amaste também, que também tu quiseste eterno,
a mesma facilidade com que me não procuras no silêncio ou na noite, sabendo, tu, o que, eu, longe,
a mesma com que me abandonaste tantas vezes à beira do sussurro da morte no corpo que amo e de que tenho tantas saudades que choro, ainda e sempre, de noite e de dia, tanto ultimamente, tu sem o saberes ou quereres sequer,
porque tu
e a tua vida
e o teu sentir
e a falta de
e.


.....



e eu desisto.

eu que não queria,
lutei mesmo quando não sabia que lutava,
ainda
- eu
desisto
de vez.


for good.


esperando ainda que venhas, uma última vez, pela importância toda que me tem, que preciso, tanto, tanto, que sejas tu a.
por ti.
acima de tudo,
por ti.
tanto, tanto e tanto,
sempre.

pelo passado,
a importância,
o tempo "perdido" com,
a responsabilidade que não esqueço, eu
- espero-te ainda na desistência de nós.






















.....























(" dear leonard.
to look life in the face, always, to look life in the face and to know it for what it is.
at last to know it, to love it for what it is, and then, to put it away.
leonard,
always the years between us,
always
the years.

always
the love.

always
the hours. ")


















(" is it cruel or kind
not to speak my mind
and to lie to you
rather than hurt you

well, i'll confess all of my sins
after several large gins
but still i'll hide from you,
hide what's inside from you

and alarm bells ring
when you say your heart still sings
when you're with me
oh won't you please forgive me
- i no longer hear the music


and all the memories of the pubs
and the clubs
and the drugs
and the tubs
we shared together
will stay with me forever

but all the highs and the lows
and the to's and the fro's
- they left me dizzy
oh won't you please forgive me:
i no longer hear the music


well i no longer hear the music
- when the lights go out
love goes cold in the shades of doubt
the strange face in my mind - it's all too clear

music when the lights come on
the girl i thought i knew has gone
- with her my heart, it disappeared

well, i no longer hear the music



all the memories of the fights
and the nights
under blue lights
all the kites we flew together
- i thought they'd fly forever

but all the highs and the lows
and the to's and the fro's
- they left me dizzy
won't you forgive me:
i no longer hear the music
well, i no longer hear the music




i no longer hear the music
- when the lights go out
love goes cold in the shades of doubt
the strange face in my mind - it's all too clear

music when the lights come on
the girl i thought i knew has gone
- with her my heart, it disappeared

well i no longer hear the music


- i no longer hear the music... ")























(que saudades de quando o tempo
ele próprio
era criança...)




























(imagens de ana nicolau
- bairro alto, set.07
- comporta, set.07)






























("you cannot find peace by avoiding life, leonard.")

10 comentários:

Anónimo disse...

As palavras, a cadência e aquela primeira fotografia... C'um caraças!

Boa semana...!

~pi disse...

comporta-me comporta-me todos os gestos vislumbrados

vem sem que eu saiba que vieste e acorda-me de novo

a fome



*

ricardo disse...

...forte...poderoso...
:*

un dress disse...

no fundo

dos lados

antes e depois

era sempre o medo

a dizer

a lei


...


.restava crer

numa vontade

de pedra


/ou como criança

a nascer da luz




beijO

Anónimo disse...

estou completamente em sintonia. tb eu sinto as forças fraquejarem numa luta que parece ser só minha. não vou lutar sózinha.

Sandrinha disse...

"you cannot find peace by avoiding life"

...

Beijos

Anónimo disse...

Parabéns pelo teu blogue. Percebo porque gostas de algum tipo de música. E, pelo que conversámos, não levarás a mal (por alguma presunção que pudesse existir em outro contexto) se disser que tens bom gosto :)
Boa noite!

Anónimo disse...

Até dói...

Girstie disse...

Não pode ser só um a lutar e o outro a deixar-se estar. Tem de ser uma luta dos dois lados, porque se não, não vale a pena! E aí é preciso pôr um ponto final, por muito que custe.

Mais uma vez as tuas palavras são profundas, bonitas e tristes ao mesmo tempo.
beijos

delusions disse...

"choves sobre o que podíamos ter sido nós, o que fomos um dia"

tão triste...

"esperando ainda que venhas, uma última vez, pela importância toda que me tem, que preciso, tanto, tanto, que sejas"

esperamos sempre...mesmo sabendo que se espera por nada...por um pedaço de nós que ficou num passado atrás de nós e dos nossos passos.


um post bonito...triste...que deixa a pensar...


bjinho*
boa semana